segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Minha luz.


Caminho pelas calçadas e inacreditavelmente meus pés não se cansam, assim como meu corpo, ereto e em funcionamento apenas por um objetivo, encontrar o paraíso.

Cada toque que dava em qualquer lugar ou objeto, deixava marcado minha nova marca indesejável: a depressão, a solidão, a fragilidade e o dono desses infelizes sentimentos : a dor.

Pergunto-me como ainda caminho, a dor expulsou a esperança do meu coração, então por que ainda tenho um objetivo?

Meu corpo persiste que eu encontre a razão de minha existência. Ou será meu coração, por traz das feridas e dos cortes, ele ainda consegue mandar em mim?

Vejo tudo tão claro, está sendo extremamente doloroso, já que sou hospedeira da iluminação da vida de outras pessoas, não tenho mais a minha luz, meus pés continuam a caminhar, nunca consigo achar minha luz da vida, apenas a dolorosa e irritante luz da vida de outras pessoas.

Minha mente está suplicando para meu corpo cair no abismo. Talvez seja melhor do que ver o mundo sem a minha razão.

Agora que estou tão perto do fim, vejo quem estava me prendendo aqui, através das feridas, aparecem fexes de luzes no meu coração.

- Não!!!!!!!!! – grito suplicante, apertando com força as mãos no peito, tentando tirar meu coração dali.

“Você não está no escuro nem caíndo, está presa no mundo que ele vive, mas não no lado dele para iluminar seu destino, apenas está aqui para pensar como seria o paraíso” diz meu coração e começa a mim queimar por dentro, com as lembranças.



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