domingo, 13 de fevereiro de 2011

Eternos.


- O que você quer em? Meu coração? Toma então!

Ele ficou pensativo por um minuto, apenas me fitando com os olhos vagos.

- Aliviaria sua dor? – indagou.

- Você se importa com isso? – perguntei com sarcasmo, esperando um não.

- Sim, já que sua dor é também a minha. – uma lágrima desceu em seu rosto.

Por um momento pensei ter visto meu reflexo naquela lágrima, já que a dor era imensa e indescredível, equivalente a minha.

Apertei as mãos em meu peito. Então o problema dele era o meu?

Apertei com mais força meu coração, tentando tirar essa dor que estava roendo e apodrecendo-o.

Sobressaltei quando ele roçou a mão em meu coração, leve e decisiva.

- Eu sinto a mesma dor... – sussurou sem terminar.

- Porque meu coração é seu – completei sua fala, ele balançou a cabeça positivamente.

- Posso tirar essa dor de você?

- Se isso lhe fazer bem. – tirei a mão do peito e coloquei a mão no coração de meu amado.

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